Ao completar 13 anos, o jovem atinge a maioridade
religiosa judaica. Para marcar esta passagem, é celebrado o Bar-Mitzvá (filho
do mandamento), uma cerimônia que lembra a importância de cada um dos judeus na
corrente ancestral do judaísmo. É nessa data que o jovem, pela primeira vez,
coloca os Tefilin e é chamado para ler na Torá.
O Código de Lei Judaica ensina que, a partir dessa
data, os jovens passam a ser totalmente responsáveis pelo cumprimento dos
Mandamentos Divinos, as mitzvot, não mais os cumprindo apenas porque assim seus
pais lhe ensinaram. Seu pai, portanto, deixa de ser responsável pelos seus
atos, como está prescrito no Shulchan Aruch HaRav.
Em hebraico, Bar-Mitzvá e Bat-Mitzvá, significam
literalmente "filho ou filha do mandamento". A própria palavra revela
a importância espiritual da data, quando a ligação de um jovem com o judaísmo
se torna imutável. O judeu, em sua essência, é filho da mitzvá, ou seja, da
Palavra e Vontade Divina transmitidas a nosso povo por D'us. Foi naquele
momento, ao pé do Monte Sinai, que a ligação espiritual entre o D´us e o povo
de Israel se tornou eterna. Façamos aqui um paralelo com a relação entre filho
e pai. O filho pode até se afastar de seu pai, mas ele sempre continuará a ser
seu filho. Da mesma forma, um judeu, ao longo de sua vida, ainda que se afaste
de suas raízes, o vínculo de sua alma com D'us e com o judaísmo é eterno.
O Bar-Mitzvá costuma ser comemorado na sinagoga, na
segunda ou quinta-feira mais próxima da data do aniversário do jovem segundo o
calendário judaico. Diante da comunidade, durante as preces da manhã, o menino
lê o primeiro segmento da Perashá - a Porção Semanal da Torá - que será lida,
por inteiro, no Shabat seguinte.
A leitura da Torá é elemento fundamental da
cerimônia, já que receber uma aliá - ou seja, ser chamado a ler a Torá - é uma
dádiva espiritual que só pode ser dada a um judeu que já tenha completado 13
anos de idade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário